RESUMO
Lipid-lowering drugs have been occasionally associated with neuromuscular symptoms and muscle biopsy changes. We reported the clinical course and the muscle biopsy in eight patients with hyperlipoproteinemia, treated with lipid -lowering drugs (statins/fibrates). Five patients had myalgias while; in two cases there was proximal muscle weakness. All patients became asymptomatic after the withdrawal of the drug, although creatine kinase remained elevated. We performed muscle biopsy in six cases from three months to two years after suspension of the drug. We found variation in fibers diameters in all cases, with necrosis of fibers in five cases, inflammatory infiltration in one case, the presence of vacuolated fiber in one patient and ragged-red fibers in three subjects. We concluded that although the muscle biopsy findings were not specific, the prolonged use of statins and or fibrates might induce a chronic myopathy even in the absence of symptoms.
Assuntos
Anticolesterolemiantes/efeitos adversos , Hiperlipoproteinemias/tratamento farmacológico , Doenças Musculares/induzido quimicamente , Adulto , Idoso , Biópsia , Ácido Clofíbrico/efeitos adversos , Creatina Quinase/efeitos adversos , Quimioterapia Combinada , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Doenças Musculares/patologiaRESUMO
As drogas redutoras de colesterol são ocasionalmente associadas a sintomas neuromusculares e alterações morfológicas observadas na biopsia muscular. Relatamos o curso clínico e achado da biopsia muscular em oito pacientes com hiperlipoproteinemia tratados com drogas redutoras de colesterol (estatinas/fibratos). Cinco pacientes tiveram mialgia e em dois havia fraqueza muscular proximal. Todos os pacientes ficaram assintomáticos após retirada da medicação embora a creatinoquinase permanecesse elevada. Analisamos a biopsia muscular em seis casos realizados entre três meses e dois anos após a suspensão da droga. Encontramos variação no calibre das fibras em todos os casos com necrose de fibras em cinco, infiltrado inflamatório em um caso, presença de vacúolos em um e "ragged red fiber" em três deles. Concluímos que, embora os achados da biopsia muscular não fossem específicos, o uso prolongado de estatinas e/ou fibratos pode induzir a uma miopatia crônica até mesmo na ausência de sintomas.
Assuntos
Adulto , Idoso , Feminino , Humanos , Masculino , Pessoa de Meia-Idade , Anticolesterolemiantes/efeitos adversos , Hiperlipoproteinemias/tratamento farmacológico , Doenças Musculares/induzido quimicamente , Biópsia , Ácido Clofíbrico/efeitos adversos , Creatina Quinase/efeitos adversos , Quimioterapia Combinada , Doenças Musculares/patologiaRESUMO
Descreve-se um caso de síndrome de Miller Fisher associada a neuropatia óptica desmielinizante bilateral, confirmada pelo exame de potencial evocado visual, sugerindo possível comprometimento do sistema nervoso central nessa síndrome
Assuntos
Humanos , Masculino , Adulto , Doenças Desmielinizantes/diagnóstico , Potenciais Evocados Visuais , Síndrome de Miller Fisher/diagnóstico , Neurite Óptica/diagnóstico , Síndrome de Miller Fisher/complicações , Neurite Óptica/complicaçõesRESUMO
Os autores relatam um caso de miopatia inflamatória associada ao uso de lovastatina, uma HMG-CoA redutase. Uma paciente de 53 anos de idade, diabética insulino-dependente e hipertensa bem controlada, estava no serviço em acompanhamento para tratamento de osteoporose. Foi introduzida lovastatina 40mg/dia porque apresentou hiperlipidemia. Três semanans após iniciar a droga, a paciente desenvolveu miopatia aguda com fraqueza de membros superiores e inferiores, com aumento da creatinoquinase 500 vezes o normal. A biópsia muscular realizada no músculo bíceps esquerdo feita no terceiro dia da fraqueza muscular revelou necrose, degeneraçäo e sinais de atividade lisossomal. No entanto, nenhum infiltrado inflamatório foi observado no endomísio, no perimísio ou na regiäo perivascular. Os sintomas musculares melhoraram sete dias após a suspensäo da droga. As enzimas voltaram ao normal 45 dias após a interrupçäo da lovastatina
Assuntos
Humanos , Feminino , Pessoa de Meia-Idade , LovastatinaRESUMO
Miotonia é o fenômeno da diminuiçao da velocidade de relaxamento muscular após contraçao, estímulo mecânico ou elétrico. As miotonias congênitas sao afecçoes hereditárias e nao apresentam distrofla muscular. Atualmente, a tendência é agrupá-las como doenças de canais iônicos, juntamente com as paralisias periódicas. Foram acompanhados sete pacientes, seis do sexo masculino e um do sexo feminino, com idade entre 16 e 48 anos (média 27 anos) e início dos sintomas entre 1 e 10 anos (média 5 anos), que apresentavam fenômeno miotônico desencadeado por contraçao intensa e hipertrofia muscular global. Três pacientes foram diagnosticados como miotonia generalizada tipo Becker por apresentarem herança autossômica recessiva e/ou episódios transitórios de fraqueza muscular. Dois pacientes correspondiam à miotonia congênita de Thomsen, com padrao de herança autossômica dominante e/ou ausência de episódios de fraqueza ou fatores de piora. Dois pacientes apresentavam miotonia flutuante, piorando com o frio e/ou ingestao de potássio. O diagnóstico clínico foi confirmado através de exames complementares (eletroneuromiografia, biópsia muscular e estudo do DNA). Cada paciente fez uso de diferentes drogas, no sentido de procurar o máximo de melhora da miotonia. Houve cinco relatos de melhora com difenil-hidantoína, um com carbamazepina, três com acetazolamida, um com bloqueador de canal de cálcio, um com beta-adrenérgico, um com tiazídico e nenhum com quinidina/procainamida.